terça-feira, 20 de setembro de 2011

Perguntas mais freqüentes sobre a BÍBLIA

1. A Bíblia foi escrita com capítulos numerados, como temos hoje?
2. Quem fez a divisão em versículos?
3. Como a gente encontra na Bíblia os capítulos e os versículos?
4. Quem traduziu pela primeira vez toda a Bíblia?
5. A Bíblia da edição protestante é diferente da Bíblia de edições católicas?
6. A Bíblia "caiu" do céu ou nasceu da experiência do povo? 7. Será que a Bíblia, que foi escrita há mais de 2000 anos, vale para os dias de hoje?

Respostas

1. A Bíblia foi escrita com capítulos numerados, como temos hoje?
Não. Nenhum livro da Bíblia foi escrito com capítulos numerados. Quem teve a idèia de dividir a Bíblia em capítulos foi Estevan Langton, arcebispo de Cantuária, professor na Universidade de Paris, em 1214 e.C (era Comum).

2. Quem fez a divisão em versículos?

Em 1551 Robert Etiene, redator e editor em Paris, fez a experiência dividindo o Segundo Testamento de língua grega em versículos. Teodoro de Beza gostou da idéia e em 1565 dividiu toda a Bíblia em versículos.

3. Como a gente encontra na Bíblia os capítulos e os versículos?

Na citação, capítulo é o número que vem antes da vírgula, e versículo é o número que vem depois da vírgula indicando onde começa e onde termina. Exemplo: Gn 11,1-9, isto significa: Livro de Gênesis, capítulo 11 (número grande), versículos de 1 a 9 (números pequenos).

4. Quem traduziu pela primeira vez toda a Bíblia?

A primeira tradução da Bíblia foi a tradução da Bíblia hebraica (dos Judeus) para o grego, conhecida como tradução dos LXX (70), muito usada na época de Jesus e das comunidades. Outra famosa tradução foi para o latim conhecida como Vulgata (do latim = a divulgada) feita por São Jerônimo. Isto aconteceu por volta do ano 400 e.C., a pedido do papa Dâmaso.

5. A Bíblia da edição protestante é diferente da Bíblia de edição católica?

O Segundo Testamento é igual para todos. O Primeiro Testamento na Bíblia de edição católica tem mais sete livros da tradução grega: Tobias, Judite, 1º e 2º Livro dos Macabeus; Sabedoria; Eclesiástico e Baruc.

6. A Bíblia "caiu" do céu ou nasceu da experiência do povo?

A Bíblia nasceu com a experiência de vida do povo que à luz de Deus, relê os fatos vividos. Ele percebe que Deus caminha a seu lado até a consumação dos tempos. A Bíblia, antes de ser escrita, foi vivida, experienciada e transmitida oralmente de geração em geração.

7. A Bíblia escrita há mais de 2000 anos ainda vale para os dias de hoje?

Com certeza, pois sendo Palavra de Deus escrita por um povo de cultura e língua diferente da nossa, a Bíblia trata de questões e temas universais ao ser humano, e nos convida à reler a nossa experiência à luz da fé que animou o povo ontem e nos anima hoje a prosseguir na caminhada.

Fonte: http://www.paulinas.org.br/sab/duvidas-biblicas.aspx


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

BÍBLIA

“Travessia, passo a passo, o caminho se faz”
Mês da Bíblia 2011

Pe. Jorge Souza, css

Nós católicos no Brasil, já há algum tempo, dedicamos o mês de setembro à Bíblia. O ano todo é tempo de contato com as Sagradas Escrituras, pois em cada celebração nos reunimos para ouvir a Palavra, partir e repartir o Pão. Isso é sagrado pra nós cristãos. Mas no mês de setembro intensificamos nossa dedicação à leitura, estudo e divulgação da Palavra de Deus porque ela ilumina nossos caminhos e orienta nossos passos.
O grande São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja, cuja memória celebramos no final do mês de setembro (dia 30), foi um grande biblista (estudioso da Bíblia). Foi São Jerônimo que realizou a tradução dos textos originais hebraicos e gregos da Bíblia para o latim. A sua tradução ficou conhecida como Vulgata. Ele nos mostra quão importante é conhecer a Bíblia. Esse seu pensamento -“Desconhecer as Escrituras é desconhecer o Cristo” – ficou marcado na história do cristianismo e é uma verdade que não será esquecida.
A CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, todos os anos escolhe um livro bíblico e oferece um tema para o Mês da Bíblia. Neste ano, o escolhido foi o Livro do Êxodo, dos capítulos 15,22 até o 18,27, que é conhecido como o “Livro da Travessia”.
O Mês da Bíblia tem como tema “Travessia, passo a passo, o caminho se faz”, e como lema “Aproximai-vos do Senhor”.
Vamos viver com intensidade esse mês da Bíblia, conhecendo melhor a Palavra de Deus e propagando-a!
Pra quem ainda não tem sua Bíblia, nós estamos com uma super promoção! Você pode adquirir sua Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, na Secretaria da nossa paróquia com a Magna por apenas R$ 15,00 (quinze reais).
Um abraço fraterno a todos!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Zelo Litúrgico

Caixa de texto: 78

ZELO LITÚRGICO - Sobre fidelidade às normas e criatividade

Ione Buyst
         Os dois times entram em campo. Evidentemente, conhecem detalhadamente todas as regras do jogo, já estabelecidas há muitos anos e valendo para o mundo inteiro. Combinaram também as táticas para chegar à vitória. Mas, quando o árbitro apita o início do jogo, o que vale é a agilidade e habilidade de cada jogador, sua atenção e inteligência em perceber a quem e como deve passar a bola, sua capacidade de entrar em empatia e entrosar com todo o time, sua vontade de chegar à vitória e o prazer que sente em jogar. As regras? Não precisa mais se preocupar com elas: depois de anos e anos de jogo, elas foram in-corpo-radas. O corpo inteiro sabe como agir e reagir, normalmente, de modo que haja espaço para liberdade e criatividade.       
            A cantora está no palco, junto com a orquestra. Vai interpretar uma ária das ‘Bachianas’ de Vila-Lobos. Estudou a partitura durante várias semanas. Conhece profundamente a peça a ser executada e procurou entrar no espírito do compositor. Não descuidou nenhum dia dos exercícios de voz. Sem falar dos anos de estudo de música e de treino... No momento da apresentação, não precisa mais se preocupar com a partitura: praticamente a conhece de cor. Já superou todos os obstáculos e dificuldades ao longo do tempo de preparação. Antes de entrar no palco, fechou-se no camarim durante mais de uma hora para se concentrar. Agora está ali, por inteira, na melodia que flui de dentro dela. Atinge os ouvintes. Passa uma mensagem, suscita emoção.
            Será que teríamos histórias semelhantes para contar a respeito de pessoas que assumem ministérios na celebração litúrgica: na presidência, na proclamação das leituras, na música...? Costumam ter o mesmo zelo, a mesma dedicação? Foram devidamente preparados para assumir sua função de liturgo ou liturga? Conhecem e in-corpo-raram as ‘regras do jogo’ da liturgia, assim como o jogador incorporou as do futebol? Prepararam e assimilaram os textos e as ações rituais da liturgia, assim como a cantora assimilou a partitura?  Aprenderam a arte de expressar o mistério através da fala, da gestualidade, da postura do corpo, da comunicação com a assembléia? Sabem lidar com os ‘sinais sensíveis’ da liturgia, a tal ponto de levar as pessoas à participação mística, ao encontro com o Ressuscitado? Tomam o tempo necessário para se concentrar e poder entrar ‘por inteiro’ na celebração?
            “Como fazer para que o zelo litúrgico não signifique engessamento, tristeza e seriedade excessiva na liturgia e, ao mesmo tempo, a criatividade não signifique falta de zelo litúrgico e descompromisso com as normas? qual a linha divisória?”, pergunta alguém. Há ministros e ministras que se preocupam unicamente com as normas, as regras; o resultado é rigidez, engessamento, formalismo... que nada tem a ver com o verdadeiro espírito da liturgia que herdamos de Jesus e das primeiras comunidades. Outros ministros e ministras insistem na ‘criatividade’. Mas o que entendem por criatividade? Liturgia é uma ação ritual, cuja característica é a repetição e a fidelidade à Tradição: ‘Façam isto (e não outra coisa!) para celebrar a minha memória...’.  Liturgia não se inventa, se vive. O jogador de futebol não muda as regras do jogo; a cantora não inventa uma nova música, ignorando ou modificando a partitura. Ambos exercem sua criatividade ao entrar de corpo e alma no jogo de futebol ou na música; e desta entrega nasce uma interpretação sempre nova, atual, surpreendente, tocante. É deste tipo de zelo que a liturgia precisa: unindo conhecimento e respeito pelas regras com entrega total ao ‘jogo’, levando a uma vivência profunda.